Long Island Biennial 2020
The Heckscher Museum of Art | 2 Prime Avenue, Huntington, NY 11743
Leslie Lohman Museum of Art
"On Our Backs: The Revolutionary Art of Queer Sex Work"
The Heckscher Museum of Art | 2 Prime Avenue, Huntington, NY 11743
"On Our Backs: The Revolutionary Art of Queer Sex Work"
Fernando Carpaneda foi um dos primeiros artistas plásticos brasileiros a divulgar e expor sistematicamente trabalhos homoeróticos no Brasil. Mas, desde os anos 80, sua obra não se resumiu a esta única abordagem. Mendigos, prostitutas, drogados, punks e marginais de toda ordem são objeto de sua atenção e olhar. Ele os retratou em esculturas em argilas e os desnudou no que possuíam de sagrado e profano. Esse mergulho na cultura de rua agora dá voz a uma nova fase, onde aflora sua preocupação com a mutabilidade do corpo e os dualismos que definem a vida humana: física e espiritual, racional e instintiva, casta ou sexual. Formalmente, tem usado uma matriz intransigente de materiais, explorando o uso potencialmente artístico do DNA, seja de seu proprio cabelo ou cabelos de modelos, e o fundindo com madeiras, tecidos, cimento, stencil e telas na preparação de suas esculturas e pinturas. Carpaneda explora esses paradoxos em trabalhos conceituais e experimentais traduzidos, em sua maioria, de forma figurativa.
Memórias, frases e crenças espirituais e populares de seus personagens do passado agora tomam parte no trabalho do artista. As novas esculturas de Carpaneda, pinturas e desenhos, muitas vezes lidam com a relação distanciada que temos com nosso interior, destacando o conflito entre o 'natural' e 'cultural', tendo um controle sobre a psiquê contemporânea. Onze anos depois, com base nesse conceito, o artista criou um conjunto de esculturas em uma orgia intitulada "Bolsonaro`s Sex Party", que se tornou uma de suas obras políticas mais famosas.
Carpaneda na exposição de Julian Lennon (Foto de AMBER De VOS/Patrick McMullan via Getty Images)
"Brad". Acrílica sobre tela, 50x40. Ano: 2020.
The Leslie Lohman Museum of Art. 26 Wooster Street, New York
Fernando Carpaneda desenvolveu desde o início de sua criação artística uma tendência a mostrar sua erotização em particular com o corpo masculino. Parte do cotidiano de cada um de nós, a sexualidade oprimida, silenciada, em Carpaneda é explicitada e põe em diálogo aberto os universos interiores e exteriores. Artistas consagrados já trabalharam o tema de forma sutil ou mesmo exagerada. Michelangelo Buonarrotti, no teto da capela Sistina pintou um Cristo musculoso, homem desenvolvido, pintou um Deus grande dando vida a um homem também já adulto e esculpiu um Davi heroicamente másculo, como másculo também foi seu Escravo Moribundo. Caravaggio utilizou formas delicadas, atraentes e sedutoras no seu Baco. Passados alguns séculos Tom of Finland trouxe de forma mais explícita em sua arte a erotização mostrando homens camponeses, fazendeiros, lenhadores, trabalhadores da construção, policiais, marinheiros e outros, com corpos à mostra, nus ou seminus, e com enormes pênis. Mas uma aura de romantismo permeia seu trabalho, ainda que se mostre por vezes revestido de elementos do inconsciente proibido: o couro. Brad Rader em seus desenhos e o polonês ULF, com seus homens criados em computador, são absolutamente mais ousados e colocam à vista não só falos eretos mas ainda orgasmos efetivados e cenas instantâneas de desejo e violência. Estes artistas proclamaram uma elegia aos prazeres e aos corpos, em sua maioria, grandes e musculosos. Carpaneda, utilizando-se do seu campo material, mostra em sua arte homoerótica, homens comuns, das ruas, de suas experiências pessoais. Assim, emergem em suas esculturas, punks, mendigos e homens distantes modelos imaginados. Em suas telas, alguns se libertam de tijolos, em suas esculturas da fase expressionista eles se misturam uns aos outros e saltam do bidimensional e em suas esculturas mais contemporâneas, a assemblagem expõe diretamente seus personagens através de partes reais: pontas de cigarro usadas, pelos naturais, pedaços de roupa, de cabelo, saliva, sangue e até mesmo o esperma trazem às obras mais concretização e realismo em sua arte, não necessitando assim de simples idealizações pois o diálogo é em tempo real e fica estático, à mostra. Aqui o sexo tem cor, tem cheiro, tem textura e tem volume. Michelangelo está para Thomas Mann, Proust e Oscar Wilde, esteta convicto na literatura, assim como Carpaneda está para Pasolini, Jean Genet, Artaud, Masoch e mesmo Sade, o marquês. Fernando coloca em suas esculturas o sabor da vida que corre nas ruas quando as ruas dormem. É o doce da busca, da procura, do achado e o amargo e o dissabor da dor, do gozo em silêncio, do desejo casto castrado, do reprimido, quando propõe também um embate ferrenho do tesão versus a religião (leia-se aqui Charlie, um de seus bonecos de versão baseada em ícone católico brasileiro) . Fernando não se incomoda em mostrar aquilo que sente e o que pensa porque é aí que se encontra sua arte. Sua sexualidade não delimita espaços nem personagens. Roqueiros, padres, policiais, alternativos, taxistas, fashionistas, mendigos, viciados, garotos de programa, travestis, transexuais, transgêneros, magros ou gordos, lisos ou peludos, nus, seminus, com seus pênis eretos ou não, com seu orgasmo vindouro, iminente ou já deflagrado. Qualquer homem pode ser encontrado e reconhecido em suas esculturas, pois todos fazem parte de seu cotidiano e do nosso, por mais que tentemos não ver. Para nossa graça, a arte sacra e profana de Fernando Carpaneda já aparece entre renomados artistas internacionais constando no livro “Treasures of Gay Art”, ao lado de Andy Wharol, Robert Mapplethorpe, Keith Haring, Jean Cocteau entre muitos outros.
Que apreciem, os que têm bons olhos!
Nelson Baco
Poeta e professor de Artes
"Punk Rodin". Reinterpretação da escultura de Rodin "A Idade do Bronze". 30 cm de altura, 2015.
The Heckscher Museum of Art, Huntington, New York.
O artista Fernando Carpaneda foi selecionado para a Bienal de Long Island 2020, no The Heckscher Museum of Art. Ele é um dos 52 dos 302 artistas que enviaram trabalhos para consideração, refletindo a ampla e diversificada gama de trabalhos criados em Long Island. A Bienal de Long Island 2020, uma exposição com júri apresentando arte excepcional de artistas contemporâneos dos condados de Suffolk e Nassau, recebeu um recorde de mais de 800 inscrições, com 100 obras selecionadas para exibição. A exposição final representa 52 artistas que vivem em comunidades de Long Island, que se estendem de Freeport a Port Washington e Shelter Island Heights. Inaugurada em 2010, a Bienal de Long Island oferece aos artistas profissionais de Long Island uma oportunidade única de compartilhar seu trabalho através de uma exposição de prestígio e oferece um espaço único e emocionante para os visitantes verem um instantâneo da arte contemporânea em Long Island. “No ano do nosso centenário, foi por acaso que os três jurados selecionaram 100 obras para exposição”, disse Karli Wurzelbacher, curadora. “O volume e a qualidade das inscrições desafiaram os jurados, mas resultaram em uma exposição notável que incorpora muitas mídias, gêneros e estilos.” Os jurados da Bienal de 2020 são Erin Kimmel, Art Writer e Ph.D. candidato em História da Arte na Stony Brook University; Heidi Lange, Diretora da DC Moore Gallery, Nova York; e Paton Miller, Artista/Curador.
"O Anjo de Butes: Uma vida de tintas, sexo e rock'n'roll" é a autobiografia de Fernando Carpaneda, artista plástico brasileiro radicado em Nova Iorque, lançada recentemente nos Estados Unidos e que cai como uma bomba no meio artístico mais conservador do Brasil e exterior. O livro conta a trajetória de um artista punk, saído de Taguatinga, cidade-satélite de Brasília, e que encontra fama e reconhecimento mundial após expor na Galeria do CBGB. Fernando descreve em detalhes sua vida no submundo das grandes metrópoles (Brasília, São Paulo, Londres e Nova Iorque), seu relacionamento com as drogas e suas experiências amorosas e sexuais. Tudo regido por uma trilha sonora que vai de Ramones a Boy George. André Pomba, secretário estadual de Direitos Humanos e Diversidade do PV. Jornalista e produtor cultural histórico em São Paulo, afirma no texto de apresentação que é "ótimo saber de como os habitantes noturnos de São Paulo (a verdadeira paulicéia desvairada vive à noite) o adotaram. Como, por exemplo, a travesti Geórgia, que ele conheceu e conviveu ainda quando era o garoto Henrique, habituè da cena clubber paulistana dos anos 90; bem como os lugares que eles frequentavam: Retrô, Madame Satã, Treibhaus e Massivo; e também a relação de amor e ódio que ele sente por Brasília e vice-versa. Algo que lembra a um road movie, a um Sid e Nancy tupiniquim sem um trágico final, apesar de por vezes ter chegado perto disso. Tudo é escrito de uma forma a achar que um dia será chegada a hora do juízo final deste reencontro e que muitos capítulos ainda serão escritos." Sem sombras de dúvidas, "O Anjo de Butes" incomodorá muita gente ligada a cultura na capital do país e a principalmente aos leitores mais moralistas e preconceituosos. O livro traz uma novidade: os leitores poderão escolher entre duas versões de capa uma com Carpaneda nu e uma com uma de suas obras. O livro de 240 páginas e ilustrado com 26 obras do artista. (esculturas pinturas)
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CBGB | Birthplace of NYC's Rock, Folk & Punk Music
Back to the Bowery - 2005
Exposição coletiva 9 de março a 8 de abril de 2005. BACK TO THE BOWERY. Exposição com fotografias raras da cena underground punk dos anos 70 nunca antes exibidas. Apresentando: fotos do THE RAMONES, THE DEAD BOYS feitas por JOHN SANTANELLO. Também fotografias originais do THE VELVET UNDERGROUND & NICO ANDY WARHOL feitas pelo famoso fotógrafo BILLY NAME & apresentando as novas pinturas de WALTER STEDING plus avant - garde violino, mais as esculturas PUNKS, do artista brasileiro FERNANDO CARPANEDA, a fotógrafa pioneira do punk ROBERTA BAYLEY, também o fotógrafo de Rock and Roll e Pin-Ups MARK SWEENEY, mais o fotógrafo das ruas de NOVA IORQUE, o famoso JOSH WERTHEIMER, confira também o homem que fotografou os anos 70, "The Man Who Shot the 70's" o infame Mick Rock, vejas as fotos raras do fotografo da revista Interview de WARHOL , e o criador da Night Magazine e da máquina de pintura elétrica Anton Perich. Conheca também o trabalho da fotógrafa ELAINE MAYES e da fotógrafa da Vida Noturna de Nova Iorque dos anos 80, SHARON SMITH. O Punk Mítico e fotógrafo: GODLIS.
The Bowery Electric Festival A Tribute to Joey Ramone - 2002
Exposição na Galeria do CBGB com Arturo Vega, Dee Dee Ramone e outros. Minhas esculturas foram expostas nas vitrines do CBGB em 2002, entre as placas comemorativas criadas por Arturo Vega para celebrar a inclusão dos Ramones no ROCK N' ROLL HALL OF FAME. A instalação fez parte da exposição The Bowery Electric Festival em homenagem a Joey Ramone e foi organizada por Arturo Vega. Arturo foi o artista que criou o famoso logotipo dos Ramones. Algumas das pinturas de Dee Dee Ramone para sua última capa de CD, também estavam em exibição no The Bowery Electric Festival.
Vinnie Wartlip Retrospective - 2001
Vinnie Wartlip retrospectiva (1972-2001). Vinnie Wartlip, desaparecido, mas não esquecido. A Paper Cut Gallery e a Toedesign inc. têm o prazer de apresentar as pinturas de Vinnie, graças à generosidade do Wartlip Estate. Exposição Coletiva: Randy Costanza, Shawn Kavanaugh, Adam Rider, Douglas W. Koepsel e Fernando Carpaneda.
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Os trabalhos do artista plástico Fernando Carpaneda foram exibidos dia 18 de Junho de 2012, em gigantescas telas brilhantes de LED na Times Square durante a abertura da exposição ART TAKES TIMES SQUARE. A escala da exposição foi extraordinária e vista por mais de meio milhão de pessoas. A abertura do evento contou com as participações do cantor Twin Shadow, DJ`s AndrewAndrew o músico Questlove da banda The Roots e o apresentador de TV Jimmy Fallon do programa Late Night da NBC.
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